segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
O Segredo das Joias (1950)
Uma grande maioria de filmes sobre roubo dá grande ênfase ao roubo em si e à sua preparação. Este filme noir da metade do século passado, dirigido por John Huston, é uma das poucas exceções, pois enfatiza os acontecimentos posteriores a ele.
Quando um gênio do crime, chamado de doutor Reidenschneider, sai da prisão após sete anos de confinamento, já tem um plano preparado para roubar joias de uma joalheria, no valor de meio milhão de dólares. Apesar de o roubo ser bem sucedido, um pequeno erro inicial acaba desencadeando uma sequência de acontecimentos que termina por punir todos os envolvidos no roubo. Os defeitos morais de cada comparsa, traições e o acaso são essenciais para que cada um deles morra ou termine atrás das grades em uma espécie de grande efeito dominó. O filme é quase um tratado sobre a justiça e mesmo uma lógica inabalável do acaso. O único que parece notar essa justiça da vida é o doutor, que, em sua última aparição, descobre que só foi preso por ter ficado um tempo a mais em um bar apreciando a beleza de uma jovem.
O filme é extremamente recomendável por se destacar de outras produções do gênero, além de ser uma das primeiras aparições de Marilyn Monroe em um papel de maior destaque, como a estúpida amante do financiador do crime
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